Um cartão “Nós amamos-te!” é óptimo. É honesto, directo e não esfrega a condição terminal na cara da pessoa.
Faça o que fizer, esteja no momento, porque é aí que o paciente/pessoa deve estar. Partilhe a tristeza (se ela estiver triste), partilhe a dor (se ela estiver com dores.) Não tenha medo de ser engraçado se algo engraçado tiver acontecido que queira partilhar. Esteja presente para ela emocionalmente.
Boa sorte. É difícil saber o que dizer a alguém que está em estado terminal de doença. Só estar lá para partilhar a experiência é valioso.
Já tratei de doentes terminais. No meu primeiro ano de residência, tive de passar a maior parte das minhas horas no hospital e pude visitar os meus doentes em fase terminal quando não estava ocupado. Um paciente só queria que eu lhe desse a mão e lhe dissesse coisas que íamos fazer quando ele saísse (ele nunca o fez). Outro queria que eu me deitasse na sua cama com ela e a deixasse expressar os seus medos (terrivelmente pouco profissional, mas eu apenas fechava a porta e entrava, deitávamo-nos ombro a ombro e falávamos). Tirei as minhas deixas aos meus pacientes. A mulher do portador da mão enviou-me um belo cartão após a sua morte.